Jerusalém - Holy City Tour
Por Gustavo Bonelli
No útlimo dia em Jerusalém, fizemos o Holy City Tour. Nesse
tour, vemos com mais detalhes os principais pontos sagrados de Jerusalém: a
Igreja do Santo Sepulcro, o Muro das Lamentações e as Mesquitas de Omar (Domo
da Rocha) e al-Aqsa.
A primeira parada foi na Igreja do Santo Sepulcro. Esta
Igreja foi constuída sobre o local onde teriam ocorrido a crucificação e o
sepultamento de Jesus. A Igreja tem sua administração compartilhada por seis
religiões cristãs, cada uma tendo um espaço proporcional ao seu tamanho e
importância. As três principais são a Grega Ortodoxa, Católica e Armênia. Além
destas, temos a Copta, Síria e Etíope.
Entrada da Igreja do Santo Sepulcro |
Seguindo a ordem dos fatos, você deve começar a visita
subindo uma escada que fica logo à sua direita quando você entra. Ali, protegida
por um vidro blindado, fica a rocha onde foi fincada a cruz na qual Jesus foi
crucificado. É possível passar a mão na rocha agachando embaixo de um altar
onde há uma abertura que dá acesso a ela.
O altar sobre a rocha |
Abertura para tocar a pedra |
Descendo a escada do outro lado do altar, chega-se à pedra
em que Jesus teria sido limpo e preparado para ser sepultado. Nesta pedra, que
muitos acreditam ter poderes milagrosos, muitas pessoas colocam terços, roupas
e até mesmo bebês para que eles sejam abençoados.
Pedra onde Jesus foi preparado para ser sepultado |
Encerrado por uma “caixa”ornada com diversos simbolos
cristãos, fica o túmulo onde Jesus teria sido sepultado. Ali você deve entrar
numa fila e ter uma boa dose de paciência. A visita ao túmulo é rápida. Quase
cronometrada. E nao tem como ser diferente pois senão duraria uma eternidade.
Mesmo com toda essa organização e sabendo que talvez os fatos não tenham
acontecido exatamente naqueles locais, não dá pra deixar de se emocionar se
você tem alguma crença, qualquer que seja.
Túmulo de Jesus |
Dali, após uma parada para o almoço, seguimos para o Monte
do Templo. Mais uma vez passamos por todo o esquema de segurança e subimos uma
rampa de madeira que parece até um pouco improvisada até chegarmos à parte
muçulmana do Monte.
Parênteses. O conflito entre árabes e judeus para nós às
vezes parece incompreensível mas quando você conhece um pouco da história,
começa a entender que não só o problema é muito antigo, como vai ser muito
difícil de resolver. Pra ficar só no que diz respeito ao tour, o Monte do
Templo foi onde o rei Salomão construiu o Primeiro Templo a mando de Deus, que
foi destruído por Nabucodonosor – rei da Babilônia. No mesmo local do templo de
Salomão, Davi construiu o Segundo Templo que foi destruído pelos romanos sob o
comando de Tito. O que resta hoje do Segundo Templo ficou conhecido como o Muro
das Lamentações.
Homens de um lado, mulheres do outro |
Homens devem usar um quipá |
Exatamente no mesmo local onde ficava localizado o Segundo
Templo, os muçulmanos acreditam que ocorreu o milagre conhecido como Isra e
Mi'raj. Enquanto Maomé rezava em Meca, o
Arcanjo Gabriel aparece para trazê-lo o Al-Buraq, que irá levá-lo até a
mesquita distante (Al-Aqsa). Dali, Maomé segue até uma escada que sobe ao céu e
dessa forma recebe a ordem de Deus para que ele diga ao povo que deverá rezar 5
vezes ao dia. Assim, baseados nesses relatos, os muçulmanos construíram sobre o
Monte do Templo duas mesquitas. O Domo da Rocha, certamente a construção mais
bonita de toda a cidade, foi construído sobre a rocha de onde subia a escada
que levou Maomé ao céu, segundo as escrituras bem no local do Segundo Templo. A
mesquita Al-Aqsa fica sobre o ponto onde o Al-Buraq desceu com Maomé. Tirem
suas próprias conclusões.
Mesquita Al-Aqsa |
Domo da Rocha |
Seguimos para o último local sagrado do tour. Passando pelo
portão de Zion, que fica voltado para o Monte Zion, seguimos até a sala onde
teria ocorrido a Última Ceia. Mais um local onde os muçulmanos deixaram marcada
a sua passagem, com direito a uma mirhab
que indica a direção de Meca.
Mihrab |
A história de Jerusalém pode ser contada de várias formas
através das escrituras das religiões. Mas como tudo aquilo que vem do homem, as
religiões não são perfeitas. Mais do que descobrir quem está certo, visitar
Jerusalém nos abre a possibilidade de conhecer um pouco mais e entender as
histórias por trás da História.
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